quarta-feira, 4 de junho de 2014

Agora a Inês É Morta


Bem, eu não queria tocar nesse assunto, afinal já faz muito tempo que o assunto deixou de ser polêmico, no meu entendimento, e agora, só consigo sentir uma leve euforia, pelo jogo, é claro, não pela FIFA, CBF ou pelo governo.
Acho valido os protestos, pautas de reivindicações que usarão a Copa como vitrine, acho que até um certo pessimismo é válido nesse momento, mesmo que tardio. Agora o efeito que isso vai ter, querer parar ou mandar a Copa embora, é um tanto quanto ingênuo.

Agora, a Inês é morta, e nas palavras da filha do Ricardo Teixeira, “o que tinha para ser roubado, já foi”. O ideal seria fazer uma investigação séria e levar à e a justiça aos potenciais responsáveis.
Outra coisa que me incomoda um pouco, é esse discurso de “o dinheiro dos estádios deveria ter ido para a saúde, educação, blá blá e blá”. O orçamento do evento e o orçamento anual dessas áreas é de uma disparidade incrível.
Aqui um aviso: não sou a favor de desvios e obas-obas em geral, como está escrito acima, mas uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa.
Salvo raras exceções, onde estavam os revoltosos contra a Copa há seis anos atrás quando o Brasil fora anunciado como sede? Talvez comemorando e sonhando um Brasil moderno e proeminente na agenda mundial.
Sou apaixonado pelo futebol, pelo jogo, pela paixão que ele gera, pela emoção de ir em um estádio ver o ser seu time, o maior que pode existir é o clubístico, ser campeão, isso não me impede de lançar um olhar crítico para o esporte. Tem muita coisa errada no futebol, e na Copa do Mundo da FIFA, mas nós sabíamos de antemão as irregularidades e ingerências dela, nós é que não fizemos nada e placidamente fomos aceitando.
O que precisamos entender é que perdemos sim uma chance de modernizar nosso país, e melhorar nossas infraestruturas, apesar que olhares estrangeiros nos mostram que a situação não está tão ruim assim. Lembremo-nos que estamos em ano eleitoral, e isso muda toda a percepção da mídia e dos formadores de opinião, e assim da nossa mesma.
Se a Fada Madrinha, ou o Gênio da Lâmpada, ou o Blatter, ou até o Papai Noel, me perguntasse: Bruno, o que você quer da Copa? Eu responderia que gostaria de ver uma Copa do Mundo no Brasil, brasileira e para brasileiros. Uma Copa com a nossa cara, com a nossa capacidade, não uma Copa do Mundo padrão FIFA, em um país padrão Federação Mineira de Futebol. Pô, acabar com o Maracanã, e não ter nenhuma compensação estrutural ou cultural, é muita sacanagem. Construir estádios onde não há nenhum time em nenhum campeonato nacional também. Não aproveitar a Copa, e não nos esquecemos das Olímpiadas de daqui há dois anos, para multiplicar uma cultura de esporte, e até uma cultura do futebol, pelo país, talvez seja a maior sacanagem de todas.

Enfim, se #nãovaitercopa ou #vaitercopasim, mais um capítulo nas Guerras dos Memes, eu não sei dizer, porque não tenho talento para ser guru. Se tiver, vou acompanhar como faço de desde 1990, assistindo o maior número de jogos e me encantar com o jogo. Se não tiver, vou lamentar, e muito.

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