terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pequena Prosa Pequena 02: A Defloração

para uma mulher há muito esquecida.

Eu e ela, naquela tarde, em outra vida. Nossos corpos ainda estavam trêmulos, foi tudo assim tão mágico, tão vivo com tantas cores, várias coisas, indefinido assim. O silêncio, o tão austero silêncio, estava por lá. O diálogo era inútil, nossos corpos, nus, gritavam tudo que precisávamos ouvir. Enfim em um delicado abraço nos perdíamos nele e em nosso resoluto desejo. Como fora tão vivo, tanto que ainda sinto o odor do momento. Nada, nenhuma palavra, verso, linha ou poesia seriam capazes de descrever perfeitamente, e delimitar, o ocorrido, o consumado.

Sim! E era definitivo: eu a amava, ela me amava, mesmo que apenas no tempo efêmero de um orgasmo. E isso fala por si só.

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