para uma mulher há muito esquecida.
Eu e ela, naquela tarde, em outra
vida. Nossos corpos ainda estavam trêmulos, foi tudo assim tão mágico, tão vivo
com tantas cores, várias coisas, indefinido assim. O silêncio, o tão austero
silêncio, estava por lá. O diálogo era inútil, nossos corpos, nus, gritavam
tudo que precisávamos ouvir. Enfim em um delicado abraço nos perdíamos nele e
em nosso resoluto desejo. Como fora tão vivo, tanto que ainda sinto o odor do
momento. Nada, nenhuma palavra, verso, linha ou poesia seriam capazes de
descrever perfeitamente, e delimitar, o ocorrido, o consumado.
Sim! E era definitivo: eu a
amava, ela me amava, mesmo que apenas no tempo efêmero de um orgasmo. E isso
fala por si só.
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