quinta-feira, 30 de abril de 2015

Nômade

Olho os prados à minha volta, os pássaros a cantarem
Regozijando-se em sua liberdade finita
Pertencem em determinado espaço
Em determinada liberdade
O poeta que em seu canto trôpego e sem fôlego
Apenas quer viver a beleza que vê e sente
Não é como os pássaros
Mesmo papéis e histórias lhe determinando
Sua geografia é incerta, imprecisa
Como o vagar duma canção boca afora
O poeta que sofre pelas dores de outrem
Nasceu mas vive sem raízes ou endereço
Sonha com uma Pasárgada que nunca existiu
Sonha pois nos sonhos está seu barro primordial

Um nômade é o poeta simplesmente.

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