Olho os prados à minha volta, os
pássaros a cantarem
Regozijando-se em sua liberdade
finita
Pertencem em determinado espaço
Em determinada liberdade
O poeta que em seu canto trôpego e
sem fôlego
Apenas quer viver a beleza que vê e
sente
Não é como os pássaros
Mesmo papéis e histórias lhe
determinando
Sua geografia é incerta, imprecisa
Como o vagar duma canção boca afora
O poeta que sofre pelas dores de
outrem
Nasceu mas vive sem raízes ou
endereço
Sonha com uma Pasárgada que nunca
existiu
Sonha pois nos sonhos está seu barro
primordial
Um nômade é o poeta simplesmente.
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