Que dia maravilhoso foi o último
sábado (23)!
E por que, deve estar se
perguntando meu raro leitor. Simples: em um plebiscito a República da Irlanda,
um país com fortes influências católicas e que até o não tão distante ano de
1993 era proibido qualquer forma de expressão homossexual, legalizou o casamento
gay, e faz parte hoje de um pequeno grupo de 19 países onde o casamento gay é
legalizado, o Brasil incluído nesse rol.
Antes de mais nada, por ter um
espírito laico, casamento que vale para mim é aquele chancelado e homologado
pelo Estado. Casamento religioso são outros quinhentos. Ah, e só para deixar
claro, eu também sou favorável que gays casem em igrejas, sinagogas e
mesquitas.
Para mim é estranho haver leis que
não permitam a adultos em plenos domínios de suas faculdades mentais façam o
que quiserem com seus corpos e suas vidas que não tragam mal algum para
terceiros. Por isso sou amplamente favorável a legalização das drogas, do
aborto e da eutanásia.
Voltando ao casamento gay na
Irlanda.
Além de
ser simpático à causa LGBT, por ser humanista, fiquei deveras contente pela
decisão ter passado pela via popular, pelo voto. É saudável em qualquer sistema
político que seus membros tenham controle sobre o que acontece ou não com eles.
No mundo ideal da minha cabeça, democracia deveria ser direta e participativa,
e não representativa. Não sei se um dia conseguiremos chegar em tal estágio,
mas não custa nada sonhar. É saudável que o povo escolha seu destino, e que
entenda que as eleições majoritárias não são o fim da democracia e sim apenas o
começo.
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