Ao renunciar a vida, o Suicida, execrável habitante de
qualquer cemitério, caminha, com o buraco que desfalecera sua nuca, em alguma
planície de algum rio de algum círculo do Inferno (o cristão).
Inferno para outros, para ele redenção.
Todo ódio, medo, asco, dor e mentira findara no momento do
disparo. A bala que avançava em meio a sangue, inteligência e memória levava-o,
definitivamente, à vida.
Uma simplicidade feliz irradiava de seu ser.
Era deveras feliz.
Enciumado de tal alegria e felicidade Satanás – ou Lúcifer,
Capeta, Demônio, Belzebu, escolha, todos eles são o próprio Capiroto – fala com
ele.
Com ar Inquisidor vai julgando, dissimuladamente, seu réu.
Então volta de volta à vida, a sua vida.
E do Paraíso se fez Inferno, e do Inferno se fez vida e da
vida se fez morto.
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