quarta-feira, 28 de maio de 2014

Celebrando o Amor e o Casamento


Não tenho trejeito para o colunismo social, e acho que nem aqui é esse espaço, porém não tenho como “cobrir” um evento que me ocorreu sábado, e me levou à uma séria reflexão sobre o amor, relacionamentos e casamento.
Fui ao casamento de dois amigos muito queridos e amados, amigos de longa data e que tive o prazer de ver sua união sendo celebrada. Eles estão juntos, como namorados há mais de 10 anos. Durante esse período, eles tiveram seus percalços, seus problemas, suas desavenças. Eles podem ser fofos, mas ainda assim são humanos.

A questão principal, para mim, não é essa. É como eles conseguiram construir esse relacionamento até o ponto inevitável de se unirem na presença da lei, família e amigos. Eles evidentemente se amam muito, muito mesmo. E o que muda com um simples papel, ou anel, ou benção?
Não sei dizer, afinal eu mesmo, como diz minha avó, “vivo em pecado com a minha mulher”, eu não sei o que é estar casado, não de fato, pois assim sou, mas de direito. Eu e minha mulher, ou esposa, também estamos em um longo relacionamento, com nossas turbulências e tudo mais, mas até agora, não sentimos nenhuma urgência, esse desejo irreparável e incontrolável para nos casarmos.
Voltando ao sábado, a cerimônia foi muito bonita, laica e descontraída, como todo casamento deveria ser, na minha opinião. Ainda é possível amar e casar? Estou plenamente convencido que sim. Com as mudanças sociais e comportamentais do século 20, vimos o surgimento das mais variadas formas do amor e da união de pessoas se manifestarem e com isso, tirando algumas regiões ainda muito conservadoras sobre o tema, o casamento virou de fato o símbolo do amor.
Casar por interesses políticos ou financeiros, esses últimos, infelizmente, ainda muito presentes, tem se tornado a cada dia mais obsoleto e condenável. Meus amigos poderiam passar o resto de suas vidas juntos e não oficializar sua união, eu posso passar o resto dos meus dias sem oficializar a minha união, mas o importante aqui é o símbolo, ou o significado profundo, que essa união atinge.

E que viva o amor, em todas as formas, em todos os seus arranjos.

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