Como ainda não sou
formado, estamos na batalha!, muito do meu trabalho é com aulas particulares e
como tutor, sendo assim, preciso lidar muito com pais e alunos dentro de suas
casas. O que aguçou meu senso de observação espacial para certos detalhes.
Cada vez mais eu
percebo que os lares não têm bibliotecas, ou um espaço onde livros e revistas
estão ao alcance de todos, inclusive para quem ali habita. O que é muito estranho
para mim, afinal em casa, mesmo nos tempos de aperto financeiro, sempre havia
um espaço destinado ao estudo e a leitura de modo geral.
Com isso, não é à toa
que a reclamação que mais ouço, ainda mais sendo professor de humanidades, é
que os filhos não leem nada, ou leem muito pouco. Claro que não é um problema
meramente arquitetônico, se fosse, a solução seria muito simples.
Quando me fazem tal
constatação eu sempre respondo com a série pergunta: “e, você, lê? Quando faz,
seu filho está presente? Você levou seu filho em uma biblioteca ou livraria
como passeio, não como obrigação? Quando seu filho estava engatinhando, ou na
fase mais lúdica da primeira infância, enquanto ele brincava você lia algo na
frente dele? Você já leu para ele dormir? Você assina algum jornal ou revista?
”. Acreditem, a grande parte que obtenho é: não. Para nenhuma dessas perguntas,
por sinal.
Pais, lembrem-se, as
crianças são miméticas por natureza, elas têm uma capacidade de observação
incrível, o que faz com que elas repliquem muito do seu comportamento. Você
quer que seu filho seja um bom leitor, seja você um bom leitor também.
Incentivar a leitura não é apenas comprar um monte de livros para as crianças,
mas sim mostrar para elas que a leitura pode ser prazerosa, que ela não é
apenas obrigação, que pode ser divertida, lúdica, construtiva.
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